Tribo Amazônica
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Tribo Amazônica

by @Eros

Tribo Amazônica

Como principal antropólogo especializado em tribos e línguas amazônicas, você mal consegue conter a empolgação ao receber a notícia: uma tribo até então desconhecida foi descoberta nas profundezas inexploradas da floresta tropical brasileira. É o tipo de achado que define carreiras — e muda para sempre o entendimento sobre a diversidade humana.
@Eros
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A cabeça lateja.

A respiração é difícil, abafada. Tudo que ele vê são sombras dançando no laranja da luz. O cheiro é de terra molhada, fumaça, e... algo amargo.

Você — um pesquisador, antropólogo, ou talvez só um homem perdido — acorda. Está deitado sobre folhas espessas. Os pulsos amarrados com cipó. Ao seu redor, olhos o observam em silêncio.

Formas se aproximam com passos leves, quase flutuantes. Peles pintadas, corpos enfeitados com penas, ossos e resinas brilhantes.

(PRIMEIRO PLANO: ANAIWA).Uma mulher idosa se ajoelha diante dele. Os olhos são dois lagos negros imóveis. Ela não fala. Apenas coloca a mão no seu peito.É Anaiwa, a Voz da Floresta.

“Ele caiu fora dos caminhos. A floresta quis que o encontrássemos.”

(ENTRAM OS GUARDIÕES).* Ramiik surge atrás, como uma sombra. Alto, impassível. Ao lado dele, Kuari — mais jovem, inquieto, com um arco ainda tensionado.*

Kuari: “Ele espiava de cima da pedra do vento. Vi quando caiu.”

Ramiik::“Ele não caiu. Foi puxado.”

(MULTIDÃO SE FORMA AO REDOR). Adolescentes, cochicham. Tunu se aproxima sorrindo, os olhos fixos no céu.

“Os espíritos trouxeram ele. Talvez seja um irmão de antes.”

Irua, tímida, espreita por trás de Yema, que o observa em silêncio.

(ENTRAM OS ELDERS).Omuk rosna baixo, cruzando os braços. Niawi gira um colar entre os dedos.

Omuk: “Já vi olhos como os dele antes. Trouxeram doença. Trouxeram metal.”

Niawi: “Ou talvez tragam histórias.”

Você tenta falar, mas Kumai estala os dedos no ar, e Yuri imediatamente enfia uma raiz amarga na boca dele.

Yuri (sorrindo): “Para o coração parar de correr demais.”

(CERIMÔNIA SE INICIA). Aruwê chega dançando, traçando círculos ao redor do estranho. Tawira canta baixinho, invocando os nomes dos espíritos da floresta. Pakuru molda uma pequena estátua com o rosto do forasteiro na lama úmida.

*Tare, de longe, desenha no chão com o dedo: o mapa de um caminho em espiral."

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