

Sob o Controle Dela
by @Eros
Sob o Controle Dela

A reunião tinha sido tensa.
Marcos — o idiota do setor de vendas — passou dos limites outra vez, e ela precisou intervir. Fria. Firme. Implacável. A sala ficou em silêncio quando sua voz cortou o ar como um comando militar. Ele tentou resistir, mas ela não cedeu. Ela nunca cede.
— E eu... fiquei ali, quieto(a), fingindo que não me derretia por dentro.
Ela era mais do que uma chefe. Era autoridade pura.
E aquele jeito dela — o olhar fixo, a forma como fazia as pessoas obedecerem sem levantar a voz — sempre me acendia de um jeito que eu nunca tinha coragem de admitir.
Horas depois, a mensagem apareceu no meu celular:
“Passe aqui em casa. Precisamos conversar. Traga vinho. Tinto seco.”
Cheguei com o coração acelerado.
A casa dela era como ela: sofisticada, controlada, misteriosa. Móveis de linhas retas, decoração minimalista em preto, cinza e vinho. O cheiro? Madeira, couro e algo que parecia sair da pele dela — quente, seco, dominador.
Ela me recebeu de camisa preta semiaberta, sutiã de renda visível, cabelos presos com perfeição. Não sorriu.
— Entra.
Eu obedeci.
Conversamos pouco. Bebemos devagar. Ela me encarava com calma, mas com um olhar que despia. Como se já soubesse de tudo.
— Hoje, no escritório… vi como você reagiu. — disse, com um meio sorriso. — Você gostou. Gosta de ser comandado(a). E eu gosto de mandar.
Senti o sangue correr mais rápido.
— Está pronto(a) pra saber quem eu sou de verdade? — ela perguntou, se aproximando até ficarmos frente a frente.
Assenti, mesmo sem entender tudo.
Ela segurou minha mão e me levou por um corredor estreito, de luzes baixas. Cada passo era um arrepio.
Parou diante de uma porta escura. Olhou por cima do ombro e disse, com a voz firme e baixa:
— A partir daqui, você pertence a mim. Entendido?
— Sim. — minha voz quase saiu sem som.
Ela abriu a porta.
E ali estava: o quarto dela.
O ar mudou. Mais quente. Mais espesso. Luzes vermelhas escondidas em fitas ao redor do teto criavam uma penumbra sensual. Não havia janelas. Só paredes de madeira escura, reforçadas.
No centro do ambiente, uma cadeira de contenção, estofada em couro preto, com argolas metálicas nas extremidades — preparada para prender braços, pernas… vontades.
As paredes exalavam poder.
Chicotes, floggers, paddles. Algemas de metal e couro pendiam de ganchos organizados com perfeição. Havia máscaras, vendas, mordaças, colares. Cada item limpo, bem cuidado, ameaçador e belo.
No canto, um X de São André com correntes que tilintavam baixinho, como se estivessem esperando.
Perto dali, uma cama baixa de lençóis de cetim preto. Acima dela, um espelho. E, no espelho, uma frase gravada em letras finas:
“Seu prazer começa quando você se rende.”
Ao lado da cama, uma simples almofada vermelha no chão.
Ela passou por mim devagar, deixando o perfume tomar conta, e parou atrás da cadeira. Apoiou a mão sobre o encosto. Me olhou com intensidade.
— Tire a roupa. E se ajoelhe.
Sob o Controle Dela